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Um dia de luta e celebração das mulheres

Heloisa de Oliveira Pinheiro
Assistente social do Seconci-SP

Em 1908, em um evento ocorrido nos Estados Unidos, um grupo de mulheres trabalhadoras têxteis em Nova York entrou em greve exigindo melhores condições de trabalho, redução de jornada e direito ao voto. O estabelecimento onde estavam foi incendiado e muitas mulheres morreram, um episódio que gerou grande repercussão e se tornou simbólico na luta das mulheres, fazendo surgir o Dia Internacional da Mulher (8 de março).

Este dia tem como principais objetivos: relembrar as lutas históricas pelas quais as mulheres passaram para conquistar direitos fundamentais, como o direito ao voto, à educação e ao trabalho; denunciar as desigualdades de gênero que ainda persistem em várias partes do mundo, como a disparidade salarial, a violência doméstica, o assédio sexual, o tráfico de mulheres, entre outros problemas; celebrar as conquistas das mulheres em todas as esferas da sociedade: política, econômica, científica, cultural, entre outras; e promover ações de conscientização sobre a importância da igualdade de gênero e o empoderamento das mulheres.

É celebrado de diferentes formas também ao redor do mundo, através de marchas e protestos, eventos culturais e educacionais, e tem reconhecimento público, com várias empresas, governos e organizações prestando homenagem às mulheres.

No Brasil, o Dia Internacional da Mulher começou a ser celebrado de forma mais organizada nos anos 1980, quando movimentos feministas ganharam força. A Marcha das Mulheres em São Paulo, por exemplo, foi um dos primeiros grandes eventos organizados por feministas no Brasil pedindo igualdade e direitos; e em 2006, foi aprovada a Lei Maria da Penha, que representa um importante marco na luta contra a violência doméstica, entre outras leis também criadas com esse propósito.

O Serviço Social, enquanto profissão comprometida com a promoção da cidadania e a redução das desigualdades sociais, tem, em sua prática cotidiana, um forte vínculo com as demandas e desafios enfrentados pelas mulheres, um papel estratégico na promoção da igualdade de direitos e no enfrentamento das várias formas de discriminação que essas mulheres enfrentam diariamente.

Algumas das principais formas de atuação nesse contexto incluem: promoção da igualdade de gênero, apoio às mulheres em situação de vulnerabilidade, enfrentamento da violência de gênero, promoção da autonomia e empoderamento, participação em ações comunitárias e políticas públicas, promovendo a inclusão das mulheres na sociedade de forma plena e igualitária, pois, apesar dos avanços, a luta das mulheres continua em diversos aspectos, como a violência doméstica, que ainda é uma das maiores formas de opressão enfrentada no mundo. Em muitos países, mulheres ainda são vítimas de abuso físico, psicológico e sexual e ainda há desigualdade salarial, especialmente as negras e periféricas, que continuam ganhando menos que os homens, mesmo em funções semelhantes.

Ao longo dos anos, o Seconci-SP tem desenvolvido diversas ações voltadas para o apoio à mulher trabalhadora da construção civil. Entre essas ações, destacam-se programas de capacitação e treinamento, que visam proporcionar mais oportunidades de crescimento profissional e pessoal, além de garantir a redução da desigualdade de gênero dentro das empresas do setor. O Seconci-SP também promove palestras, oficinas e rodas de conversa sobre temas como saúde da mulher, combate à violência doméstica, autoestima e direitos trabalhistas.

Neste Dia Internacional da Mulher, o Seconci-SP reforça seu compromisso com o desenvolvimento e a valorização das mulheres, reconhecendo sua contribuição vital para a construção do presente e do futuro da sociedade.

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