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Sífilis pode ser fatal se não for tratada

A sífilis, uma Infecção Sexualmente Transmissível (IST) bacteriana crônica, é curável. Mas se não for diagnosticada e tratada, pode comprometer órgãos vitais e levar a óbito. O alerta é de Priscyla Reis Pagliuso Santos, enfermeira do Seconci-SP, por ocasião do Dia Nacional de Combate à Sífilis (21/10).

Segundo Priscyla, casos de sífilis são os que surgem com mais frequência entre as ISTs na Unidade Central do Seconci-SP. A doença pode ser transmitida de duas formas. A primeira é por meio de uma relação sexual. “Daí a importância do uso de preservativo, para a prevenção”, afirma.

A segunda forma de transmissão é da mãe para o bebê, durante a gestação ou no parto. “Para a prevenção, deve-se realizar o exame no pré-natal ou no período anterior à gestação. Caso a sífilis seja detectada, a gestante é tratada, evitando a contaminação do bebê.”

A detecção pode ser feita mediante um teste rápido, disponível na rede pública de saúde, ou através de exame de sangue, disponível no Seconci-SP. Diagnosticado, o caso é de notificação compulsória para o Centro de Vigilância Epidemiológico, para orientação das ações de conscientização da população.

Quatro estágios

A doença evolui em quatro estágios de desenvolvimento: sífilis primária, secundária, terciária e latente.

Na fase primária, entre 10 e 90 dias após o contágio, surgem feridas no pênis, vulva, vagina, colo uterino, ânus, boca ou outros locais da pele. Essas feridas não causam dor, coceira, ardência ou pus, e podem estar acompanhadas de caroços na virilha. As feridas desaparecem sozinhas, mesmo que não sejam tratadas.

Na sífilis secundária, os sinais aparecem entre seis semanas e seis meses após o aparecimento e cicatrização da ferida inicial. Podem surgir manchas pelo corpo, que geralmente não coçam, incluindo palmas das mãos e plantas dos pés. Pode ocorrer febre, mal-estar, dor de cabeça e caroços pelo corpo. As manchas desaparecem em algumas semanas, mesmo sem tratamento, trazendo uma falsa impressão de cura.

A sífilis terciária pode surgir entre 1 e 40 anos após o início da infecção. É o estágio mais perigoso, que pode afetar ossos, pele, pulmões, coração e o sistema neurológico, e levar o paciente à morte.

Nos casos de sífilis latente, a doença é assintomática. O estágio é latente recente (até um ano de infecção) ou latente tardio (mais de um ano de infecção). A duração dessa fase é variável, podendo ser interrompida pelo surgimento de sinais e sintomas da forma secundária ou terciária.

“O risco está em a pessoa não dar importância às feridas e manchas, ou nem percebê-las. A pessoa também pode passar anos sem qualquer sintoma e só saber que está infectada ao fazer o exame. O tratamento é por administração de Benzetacil, ficando apenas uma cicatriz, e o paciente não transmite mais. Ao final do tratamento ocorre a cura, porém se o paciente não fizer uso das medidas de proteção pode adquirir a sífilis novamente”, explica Priscyla.

O Seconci-SP realiza palestras de conscientização nos canteiros de obras. “Destacamos a necessidade de prevenção via preservativos e exames preventivos, assim como o tratamento e a cura, com a mensagem de que a pessoa precisa cuidar da vida, nosso maior bem, para que sempre permaneça saudável e não contamine seus parceiros.”

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