Para um amplo intercâmbio de experiências, o Seconci-SP sediou, em 27 e 28 de outubro, o Ense – Encontro Nacional de Seconcis 2022, realizado pelo Seconci Brasil, com a participação de 70 representantes dos 15 Serviços Sociais da Construção de todo o país.
Abrindo o evento, Antonio Carlos Salgueiro de Araujo, presidente do Seconci Brasil e membro do Conselho Deliberativo do Seconci-SP, e Maristela Honda, presidente desta entidade, destacaram a importância de um atendimento respeitoso e humanizado à saúde do trabalhador da construção e da população.
No primeiro dia dos trabalhos, Fatima Cardoso, gerente de Comunicação do Seconci-SP, apresentou a atuação da entidade junto ao setor da construção e na gestão das unidades de saúde das redes públicas estadual e municipal, bem como as atividades da área de comunicação.
Ana Claudia Pontes, presidente da Comissão de Responsabilidade Social da CBIC (Câmara Brasileira da Indústria da Construção), discorreu sobre a estruturação de uma boa comunicação corporativa. Sidney Rocha, assessor de imprensa do Seconci Brasil, elencou os desafios para as áreas de comunicação dos Seconcis. Maristela e Araujo participaram dos debates.
Na sequência, Maristela e Araujo, junto com Haruo Ishikawa, membro do Conselho Deliberativo do Seconci-SP, e Giancarlo Brandão, gerente Médico Executivo, relataram a forte atuação da entidade na pandemia, cuidando da saúde nos canteiros de obras e nas unidades de saúde da rede pública administradas pela entidade.
Entre outros, participaram ainda do evento José Antônio Marcondes Cesar, vice-presidente; Sergio Porto, 2º vice-presidente; Antonio de Freitas Pereira, membro do Conselho Deliberativo, e José Luiz Salgueiro de Araujo, ex-presidente.
Cenário econômico
Ao final do primeiro dia, Eduardo Zaidan, vice-presidente de Economia do SindusCon-SP, discorreu sobre o cenário econômico e seu impacto no setor da construção.
Ele previu que o PIB da construção em 2022 deva crescer acima do percentual da última estimativa, de 6,1%, feita em agosto, e terá novo crescimento em 2023, sem ainda estimar em qual percentual. Para tanto, contribuirão as obras derivadas dos novos lançamentos imobiliários, a desaceleração do custo da construção, a aquisição de imóveis como um ativo seguro e os investimentos privados em infraestrutura.
Em contrapartida, advertiu que no próximo ano será necessário enfrentar desafios como o aumento do endividamento das famílias, menor atividade econômica e queda da renda real e dos investimentos. O relatório Focus do Banco Central prevê uma elevação de apenas 0,59% para o PIB em 2023.
Zaidan também elencou os desafios conjunturais a serem enfrentados no ano que vem: persistência das tensões globais, desaceleração da economia mundial, encarecimento de commodities energéticas e aumento do déficit fiscal doméstico.
Em contrapartida, acrescentou, teremos menos inflação, ligeiro aumento da renda, taxa de juros menos elevada e diminuição dos preços das commodities não energéticas.
Para o vice-presidente, estes cenários se manterão, independentemente do governo eleito. O ano de 2023 será difícil e exigirá do governo federal “juízo fiscal” e investimentos que tragam produtividade, segundo ele.
Áreas técnicas
No evento, realizaram-se reuniões, para intercâmbio de experiências, das seguintes áreas técnicas dos Seconcis: Administração, abordando aspectos legais e financeiros, parcerias com outras entidades, gestão de pessoal, tecnologia, serviço social e atendimento psicológico; Odontologia, abrangendo aspectos como impactos pós-pandemia, atendimentos, softwares, produtividade e novas práticas; Segurança do Trabalho, discutindo a nova NR 18, o PGR (Programa de Gerenciamento de Riscos), ergonomia, serviços e treinamentos; Saúde do Trabalho e Medicina Assistencial, debatendo temas como informatização de sistemas, telemedicina, NR 7, exames, relatórios e atestados.
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