Pesquisar

Palestras nas obras para prevenção contra as drogas

Ter conhecimento e informações sobre os prejuízos e malefícios do consumo de drogas lícitas e ilícitas é estratégico para evitar a dependência das mesmas. A recomendação é de Flávia Lopes Augusto Sampaio, supervisora do Serviço Social do Seconci-SP.

A adição às drogas é uma doença crônica, porém tratável. Flávia observa que a preocupação das empresas da construção civil com a questão é permanente. Muitas delas solicitam e o Seconci-SP oferece palestras nos canteiros de obras, sobre malefícios e prevenção do consumo de álcool e drogas. De acordo com a assistente social, são diversos os fatores que podem levar os trabalhadores da construção civil a fazer uso de álcool, como, por exemplo, o estresse.

O Seconci-SP também mantém um grupo social de apoio e orientação para tratamento ambulatorial à dependência química, que se reúne uma vez por mês com a equipe de especialistas da entidade. Flávia relata que o trabalho tem dado bons resultados, com a diminuição do número de recaídas. O grupo é aberto a qualquer trabalhador de empresa contribuinte à entidade, depois de passar por consulta médica.

De acordo com Flávia, alguns fatores são controláveis para evitar a dependência. Entre eles, estão: evitar o acesso à droga, não permitir uma exposição precoce ou repetida a ela, e saber enfrentar a pressão do grupo social que frequenta. Mas também há os fatores não controláveis, como vulnerabilidade genética, doenças psiquiátricas, fragilidades pessoais como compulsividade, além de fatores sociais, como viver em um ambiente de violência.

Malefícios e prevenção

Com isso, avolumam-se os prejuízos. No trabalho, a produtividade é reduzida, o absenteísmo e a possibilidade de acidentes aumentam, e o relacionamento com os colegas se torna problemático. Na família, crescem os conflitos, as separações, a violência doméstica e os prejuízos financeiros, além do risco da codependência, quando a família também se torna adicta. No campo social, perdem-se amigos, há isolamento social, reduzem-se a crítica e os juízos de valores, surgindo propensão ao cometimento de atos ilícitos.

Segundo Flávia, a prevenção pode ser primária, oferecendo informações e conhecimentos para que a pessoa nem queira experimentar as drogas. A prevenção secundária destina-se a evitar que o consumo evolua para uma dependência maior. E a terciária é o tratamento propriamente dito, que deve ser feito com a ajuda de equipe multidisciplinar composta por psiquiatra, psicólogo, nutricionista e assistente social, como faz o Seconci-SP.

Na pandemia

Relatório do Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime informa que cerca de 275 milhões de pessoas no mundo usaram drogas em 2020 (aumento de 22% comparado a 2010) e 36 milhões sofreram de transtornos associados a esse consumo (em 2010, foram 27 milhões de pessoas). No Brasil, um estudo da Universidade Federal do Mato Grosso estimou que 30% de 3.633 entrevistados relataram aumento da utilização de álcool e drogas na pandemia de Covid.

Tratamentos também estão disponíveis na rede pública estadual e municipal de saúde. Na capital paulista, há os Centros de Atenção Psicossocial (CAPs), o Centro de Referência de Álcool, Tabaco e Outras Drogas (Cratod) e as Unidades Básicas de Saúde (UBSs). Estas fornecem inclusive medicamentos para quem desejar parar de fumar.

Para solicitar palestras do Seconci-SP e outras informações: relacoesempresariais@seconci-sp.org.br ou (11) 3664-5844.

Compartilhe

Relacionados