Um alerta sobre a saúde do homem
O câncer de próstata tornou-se o segundo com maior incidência entre os homens e o quarto mais comum, considerando-se ambos os sexos. A constatação é do Instituto Nacional do Câncer, que estima em 68.200 os novos casos que deverão surgir no Brasil em 2018. Daí a importância da campanha Novembro Azul, destinada à conscientização da população para uma doença silenciosa e assintomática.
O urologista do Seconci-SP, Paulo Fischer, reforça a relevância do diagnóstico precoce, que aumenta as chances de cura do paciente. “O homem costuma apresentar um perfil mais ‘desligado’, por este motivo procuramos promover uma mudança de comportamento para que incorpore o hábito de consultar um médico e realizar os exames preventivos. Todo homem acima de 45 anos deve visitar o urologista anualmente. Quando existe histórico familiar de câncer de próstata, recomendamos a antecipação dos cuidados para os 40 anos”, explica.
O controle de prevenção da doença acontece por meio da realização de três análises: ultrassom de rins, bexiga e próstata; exame de PSA (coleta de sangue) e exame de toque, que investiga a região para constatar se existem nódulos, mesmo que pequenos. “Em geral, a próstata tende a alterar após os 45 anos de idade. Desta forma, vale ressaltar que estes exames podem ajudar a identificar outras patologias associadas à saúde do sexo masculino. Estar atento ao preparo de cada exame é extremante importante para que o resultado seja o mais exato possível”, observa o urologista.
A partir do diagnóstico com indícios da doença, será necessária a realização de uma biópsia com o ultrassom transretal. Nos casos iniciais, recomenda-se a cirurgia para remoção de toda a próstata e de alguns tecidos à sua volta, como a vesícula seminal, ou a radioterapia que utiliza radiações para destruir o tumor e impedir que as células se multipliquem. Já nos níveis avançados, é indicado o uso do bloqueador hormonal, responsável pela redução de hormônios masculinos.
Casos graves
“Quanto mais inicial o estado, maiores as chances de cura. O urologista está presente em todas as etapas, ou seja, desde a investigação até o fim do tratamento. Nos quadros mais graves em que a enfermidade evolui ou se encontre em nível metastático, o oncologista é que irá definir a melhor terapia”, reforça o dr. Fischer.
Após a finalização do tratamento, o indivíduo deve retornar ao urologista a cada quatro meses no primeiro ano e depois a cada seis meses. Passados cinco anos, o retorno deve ocorrer uma vez por ano. Com o avanço da tecnologia, a cirurgia se tornou um procedimento menos invasivo e de rápida recuperação. “É necessário fazer o controle de prevenção todos os anos e até o fim da vida”, adverte o dr. Fischer.
O Seconci-SP conta com uma equipe médica que poderá orientar os trabalhadores e familiares sobre a prevenção, diagnóstico e tratamento apropriado do câncer de próstata.