Várias prefeituras das regiões de Araraquara e do Vale do Ribeira aderiram em 26 de fevereiro, na Fiesp, ao Programa Alimentar o Futuro – pela Segurança Alimentar e Nutricional na Infância. Participou da reunião a presidente do Seconci-SP, Maristela Honda, integrante do Conselho Superior de Responsabilidade Social (Consocial) daquela Federação.
Criado pelo Consocial e realizado em parceria com o Ciesp e o Sesi-SP, o programa atua como catalisador de políticas públicas de Segurança Alimentar e Nutricional (SAN), com foco em crianças de zero a 10 anos integrando a sociedade civil, o setor industrial e o poder público para garantir uma alimentação adequada e saudável na infância.
No encontro, o secretário de Estado de Governo e Relações Institucionais de São Paulo, Gilberto Kassab, ao lembrar que a fome é gravíssima no Brasil, mencionou que um terço dos domicílios paulistas tem pelo menos uma criança convivendo com insegurança alimentar e nutricional. “Se o Estado de São Paulo tem esse índice, imagine o resto do Brasil. Aplaudo com entusiasmo todos os envolvidos no programa e vamos melhorar a qualidade de vida dos menos favorecidos”, finalizou.
O secretário de Estado da Agricultura e Abastecimento de São Paulo, Guilherme Piai, elogiou o programa e colocou a pasta à disposição. “Essa parceria possibilita conectar produtores agrícolas com as pessoas em situação de vulnerabilidade, gerando prosperidade no campo e segurança alimentar na cidade”, afirmou.
O presidente da Fiesp, Josué Gomes da Silva, disse que investir no ser humano é investir na educação. “Mas para isso, a criança precisa estar bem nutrida. Podem contar com a Fiesp, o Ciesp e o Sesi-SP neste engajamento para superarmos essas questões relevantes”, acrescentou.
O presidente do Consocial, Raul Cutait, disse que os impactos da insegurança alimentar na faixa etária de zero a 10 anos passam pelo comprometimento do crescimento, sistema imunológico e desenvolvimento em função da desnutrição infantil, atraso cognitivo levando a problemas de aprendizagem e baixo desempenho escolar. “Criança que não come não vai conseguir se preparar para viver o futuro”, afirmou Cutait.
Cutait informou que a insegurança alimentar e nutricional está presente em um terço dos domicílios paulistas e atinge pelo menos uma criança em cada um deles. “São cerca de 10,6 milhões de pessoas convivendo com a incerteza da próxima refeição”, ressaltou.
