“A diferença em relação às violências sofridas pela mulher no passado é que hoje ela se sente segura para denunciar, ela criou uma arma de defesa e se for o caso, vai à delegacia. A pior humilhação sofrida pela mulher é ser agredida pelo homem. Ela tem que denunciar.”
A afirmação foi feita por Maristela Honda, presidente do Seconci-SP, em podcast do Sintracon-SP (Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção Civil de São Paulo), gravado com o presidente desta entidade, Antonio Ramalho, e no ar desde 8 de março, Dia Internacional da Mulher.
Referindo-se às mulheres, Maristela afirmou que “somos iguais, temos competências e oportunidades iguais às dos homens, a diferença é que somos mães. Parabéns às mulheres que têm propósito e o futuro pela frente”.
Desafio nas obras
Em entrevista à Rádio Cruzeiro FM de Sorocaba levada ao ar em 8 de março, Maristela afirmou que “as mulheres se capacitam cada vez mais e entendem que o canteiro de obras é um mercado igual aos outros, desafiador. Quando a mulher quer realizar seu sonho e tem uma vocação na construção civil, isso é muito bom. Quando a gente trilha o caminho profissional, a gente não pensa ‘eu sou mulher’, ‘eu sou homem’, a gente vai trabalhando, evoluindo e superando obstáculos. É muito importante estar trabalhando, ter um propósito para alcançar e estar feliz.”
“Temos ações nos canteiros de obras para a conscientização dos homens contra a violência doméstica. Somos parceiras dos homens, temos habilidades para realizar várias tarefas ao mesmo tempo. No Seconci-SP e no SindusCon-SP, 70% dos gestores são mulheres. As mulheres têm competência, são muito determinadas e dão conta de tudo. Quero dizer às mulheres: sonhem muito, tenham projeto de vida, trabalhem com convicção que vocês chegam aonde vocês querem”, afirmou.
A entrevista também contou com a participação da psicóloga Flavia Hel Perez, a consultora de negócios Andresa Vergílio e a advogada criminalista Juliana Saraiva.
Mulheres na construção
Em palestra na Regional Sorocaba do Seconci-SP, Daniela Franco, treinadora comportamental, citou exemplos de mulheres que se destacaram em sua área de atuação como forma de inspiração para as mulheres na construção.
Segundo Ester Gonçalves, o evento objetivou valorizar as melhores que atuam no setor e mostrar que o Seconci-SP é um local de acolhimento para elas. “Temos projetos e ações durante todo o ano para as mulheres”, disse.
