Há quatro pilares fundamentais para o avanço da segurança do trabalho, especialmente na construção. Esses pilares são essenciais para reduzir acidentes e promover ambientes de trabalho mais seguros e produtivos.
As afirmações são de Haruo Ishikawa, membro do Conselho Deliberativo do Seconci-SP, vice-presidente de Relações Capital-Trabalho do SindusCon-SP e coordenador do Grupo Estratégico de Saúde e Segurança do Trabalho (SST) da Comissão de Política de Relações Trabalhistas da CBIC (Câmara Brasileira da Indústria da Construção).
Ishikawa palestrou em live no YouTube, sobre Segurança em Máquinas e Equipamentos. A live foi realizada em 26 de julho pela Escola Nacional da Inspeção do Trabalho (Enit), por ocasião do Dia Nacional de Prevenção de Acidentes do Trabalho (27 de julho), dentro da Canpat (Campanha Nacional de Prevenção de Acidentes do Trabalho) – Construção.
De acordo com Ishikawa, os quatro pilares são os seguintes:
Nova Norma Regulamentadora (NR) 18 – Saúde e Segurança do Trabalho na Indústria da Construção. “É uma ferramenta crucial para a segurança no trabalho da construção civil, fundamental para assegurar que as normas de segurança sejam seguidas rigorosamente.”
Normas Técnicas da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas). “Para apoiar a NR 18, criamos várias normas técnicas, como a de segurança para redes e guarda-corpos provisórios. Essas normas são fundamentais para garantir a proteção adequada dos trabalhadores.”
Campanhas de conscientização e eventos regionalizados para informar sobre riscos e medidas preventivas. “As campanhas de conscientização, como a ‘Queda Zero’ e a nova ‘Choque Zero’, realizadas pelo Seconci-SP no Estado de São Paulo, são instrumentos valiosos para disseminar informações sobre SST. Trazem resultados significativos na redução de acidentes.”
Parcerias e Ações Regionais para promover a segurança no trabalho. Trata-se da colaboração entre diversas entidades e a importância de parcerias como aquela com o Ministério Público, para a criação de um laboratório de ensaios de redes de segurança em Piracicaba. “Esse trabalho é um exemplo de como podemos avançar em SST. Investir em segurança não é apenas uma obrigação, mas também um fator de lucro para as empresas.”
Ele também ressaltou o papel da Canpat Construção, lançada em 2017 pela Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), que une esforços com o Sesi, os Seconcis e a Secretaria de Inspeção do Trabalho (SIT), para promover a SST. “A Canpat Construção desenvolve ações através de posts mensais, incentiva práticas nas empresas e realiza eventos nacionais e regionais, presenciais e virtuais. O objetivo é mobilizar empresários e estimular o diálogo com o poder público,” comentou.
O evento também contou com a participação de José Almeida Jr., auditor Fiscal do Trabalho e coordenador da Canpat; Ildeberto Muniz Almeida, do Fórum de Acidentes do Trabalho; Sofia Jucon, editora da Revista Meio Ambiente Industrial; Rogério Araújo, Diretor da Divisão de Saúde e Segurança do Trabalho da Secretaria de Inspeção do Trabalho do Ministério do Trabalho e Emprego; e Juliane Mombelli, do Ministério Público do Trabalho (MPT). Todos enfatizaram a importância contínua das campanhas de segurança e da revisão das normas para garantir ambientes de trabalho seguros.
Planejar a segurança
Maristela Honda, presidente do Seconci-SP e vice-presidente de Responsabilidade Social do SindusCon-SP, destaca ser fundamental que os cuidados com a segurança do trabalho sejam planejados desde a fase de projeto de cada obra.
“A Norma Regulamentadora 18, que estabelece as diretrizes para a SST na indústria da construção, prevê que antes do início de cada obra seja feito um PGR (Programa de Gerenciamento de Riscos) que descreve os perigos em cada fase da construção e as medidas a serem adotadas para prevenir acidentes. O Seconci-SP dá palestras a respeito e orienta as construtoras sobre como realizar um PGR dinâmico, que vai sendo atualizado a cada fase da obra”, afirma a presidente do Seconci-SP.