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Fevereiro Roxo: lidando com lúpus e fibromialgia

 

Há algumas doenças crônicas pouco conhecidas, que não têm cura e requerem um tratamento especializado e prolongado. Conscientizar sobre essas doenças e os cuidados requeridos é o tema da Campanha Fevereiro Roxo.

A dra. Edna Souza Silva, reumatologista do Seconci-SP, aborda duas dessas doenças, lúpus e fibromialgia. E alerta para a importância de a pessoa com sintomas buscar um reumatologista, para um diagnóstico correto e um tratamento eficaz.

Lúpus

O Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES ou apenas lúpus) é uma doença inflamatória crônica de origem autoimune (o próprio organismo ataca órgãos e tecidos).

A dra. Edna explica que os principais sintomas, como lesões de pele, dor, inchaço, inflamações nos rins ou no coração, podem vir acompanhados de alterações de comportamento, fraqueza e emagrecimento.

“É uma doença que pode se apresentar de diversas formas e variar entre simples, moderada e grave. Para fechar o diagnóstico, faz-se o exame de sangue FAN (Fator Antinuclear) e outro de marcador de anticorpos”, afirma.

Recomenda-se aos pacientes evitar fatores que podem levar ao desencadeamento da atividade do lúpus, como o sol e outras formas de radiação ultravioleta; tratar as infecções; evitar o uso de estrógenos e de outras drogas; evitar a gravidez em fase ativa da doença e evitar o estresse.

Para atenuar a ação do organismo sobre si, a medicação é à base de corticoides e imunossupressores. Em determinados casos, é preciso retirar os corticoides e continuar o tratamento com Belimumabi. Como este medicamento é muito caro, está em andamento uma consulta pública para que ele seja incorporado ao SUS.

Fibromialgia

A síndrome da fibromialgia se manifesta com dor no corpo todo, principalmente na musculatura. Junto com a dor, aparecem sintomas como fadiga, sono não reparador (a pessoa acorda cansada), alterações de memória e de atenção, ansiedade, depressão e problemas intestinais.

Seu diagnóstico é clínico, mas precisa ser feito por reumatologista, reitera a dra. Edna. O médico poderá até solicitar outros exames, mas apenas para descartar outras hipóteses.

Já que a doença pode acabar resultando em fadiga, cansaço, depressão e outros sintomas, pode ser necessário também o acompanhamento de outros profissionais, como psicólogos ou psiquiatras.

Os sintomas da fibromialgia podem ser amenizados com medicamentos, atividade física, hábitos saudáveis, cuidados com a saúde mental. “É importante que o paciente se organize para aprender sobre a melhor forma de conviver com a doença”, recomenda a reumatologista.​

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