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Especialista elogia os sistemas de segurança do paciente do Seconci-SP

Doctor helping old patient with Alzheimer's disease.

O Seconci-SP já tem os pilares que demonstram a confiabilidade de seus sistemas de segurança do paciente, mas estes precisam ser constantemente revisitados para se analisar se necessitam de melhorias. Esta foi uma das mensagens transmitidas pela dra. Laura Schiesari, pediatra e professora da FGV/Eaesp, em webinar aos profissionais da entidade, por ocasião do Dia Nacional de Segurança do Paciente, em 1º de abril.

A palestra foi uma realização do Iepac (Instituto de Ensino e Pesquisa Armênio Crestana) do Seconci-SP. Na abertura, a dra. Sylvia Jacquet, superintendente da SAS Seconci-SP, manifestou satisfação pela continuidade do processo de busca de segurança do paciente, “meta corporativa que cada vez mais enobrece a instituição”. O evento ainda contou com as participações da dra. Norma Araujo, superintendente do Iepac; de Lisiane Gaspary, gerente Corporativa de Segurança do Paciente, e a mediação de Fatima Cardoso, gerente de Comunicação do Seconci-SP.

Segundo a dra. Laura, a pandemia tornou ainda mais desafiador o alcance da segurança do paciente, devido a fatores como o estresse das equipes de saúde e o ingresso precoce de novos profissionais da área. Em contrapartida, ela destacou que várias iniciativas do Seconci-SP já denotam a confiabilidade de seus sistemas de segurança do paciente.

Combater a arrogância

“A cultura de segurança só pode ser aprimorada se os profissionais e a instituição trabalharem juntos. É preciso que as pessoas combatam a arrogância e tenham humildade para aprender com os erros, valorizando o trabalho em equipe. Para tanto, também é importante horizontalizar mais as relações hierárquicas”, destacou.

De acordo com a especialista, é preciso ter uma visão clara sobre o que é segurança do paciente e onde a organização quer chegar, definindo os comportamentos esperados dos profissionais. A meta é desenvolver uma cultura em que as pessoas se responsabilizem pela segurança do usuário, conscientes do seu trabalho e da possibilidade de ocorrência de falhas dentro de um ambiente de estímulo e capacitação, e não de punição, prosseguiu.

“Para tanto, são fundamentais o desenvolvimento de lideranças e o envolvimento da alta liderança da instituição. As pessoas precisam se sentir psicologicamente à vontade para interagir e tirar suas dúvidas em relação à segurança.”

Envolver pacientes

Segundo a dra. Laura, é preciso: adotar as melhores práticas, melhorar continuamente os processos e o sistema de saúde, pensar nas pessoas e nas condições de trabalho (ter metas ou reuniões periódicas sobre a questão), conhecer e se preparar para controlar os riscos, capacitar-se para agir em eventos mais significativos, e envolver pacientes e familiares nos cuidados, a chamada experiência do paciente.

“Assim, é possível antecipar as falhas que podem ocorrer, buscando explicações mais profundas sobre as causas dos eventos adversos, com alto engajamento, resiliência, foco nas falhas e na recuperação rápida das práticas adotadas. A responsabilidade é de quem está mais qualificado para enfrentar cada situação, não necessariamente do superior hierárquico.”

Para a médica, é preciso ter consciência individual e coletiva voltada à segurança, identificando ameaças e falhas precocemente; detectar e ir a fundo na análise dos fatos e na busca das causas sistêmicas; refletir se as ações voltadas à qualidade não abram uma lacuna entre as ações idealizadas e a prática da saúde. “Daí a importância de um gerenciamento de um ambiente de trabalho amistoso e solidário, marcado pela confiança e pela colaboração.”

A dra. Laura ainda comentou que acreditações de qualidade dão um norte para as organizações. Sozinhas, as acreditações não são capazes de tornar as organizações 100% seguras, mas são um caminho para se chegar lá, completou.

 

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