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Diabetes x risco de Covid

Com medo da Covid-19, muitos pacientes diabéticos deixaram de ir regularmente ao médico, pararam de se exercitar, tiveram distúrbios de sono e ansiedade, e abandonaram a alimentação saudável.
“Um cenário preocupante, pois o diabetes descompensado eleva o risco de o indivíduo apresentar complicações mais graves em caso de contaminação pelo coronavírus. Felizmente, os pacientes começam a voltar”, relata a dra. Carolina Spissirits Gomes de Amorim, endocrinologista do Seconci-SP, por ocasião do Dia Mundial do Diabetes (14 de novembro). No Brasil, a doença vitima mais de 12 milhões de pessoas.
     “Cerca de 5% a 10% dos diabéticos são do tipo 1, quando o sistema de defesa destrói as células do pâncreas que produzem insulina de pessoas até 30 anos. Elas passam a depender de aplicações diárias de  insulina”, explica a médica.
O tipo 2, embora também relacionado ao histórico familiar, está muito associado a sedentarismo e má alimentação. “O aumento da procura por alimentos processados, enlatados, embutidos, sucos prontos e fast food, ricos em gordura e altas doses de açúcar, tem contribuído para o crescimento do número de casos.”
    Os sintomas do diabetes como fome e sede intensas, aumento do volume urinário (levantar várias vezes à noite para urinar) e perda de peso surgem quando a doença está descompensada e com níveis altos de glicemia. “Na maioria dos casos, a pessoa não tem sintomas e isso não ocorre apenas no início do quadro. Daí a dificuldade de alguns em aceitar o diagnóstico e seguir o tratamento corretamente.”
    Ela alerta que pacientes acima de 45 anos devem ser rastreados para o diagnóstico precoce da doença, assim como aqueles abaixo desta idade com sobrepeso/obesidade e os que tenham pré-diabetes, diabetes em parente de primeiro grau, diabetes gestacional, sedentarismo, síndrome dos ovários policísticos, colesterol e/ou triglicérides elevados e hipertensão arterial.
    “Tomar corretamente a medicação prescrita pelo médico é essencial, junto com controle do peso, da pressão arterial e dos níveis de colesterol. Exercitar-se regularmente, como caminhar ao ar livre com máscara respeitando o distanciamento social, ou baixar aplicativos que orientam os exercícios em casa. Expor-se ao sol, sempre que possível, evitar bebidas alcoólicas e consultar o médico a cada três ou quatro meses. São atitudes que previnem complicações cardiovasculares doenças renais e problemas de visão”, destaca a dra. Carolina.
    O Seconci-SP dispõe de endocrinologistas, nefrologistas e nutricionistas para diagnóstico correto e acompanhamento adequado, além de laboratório para os exames.
 

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