Por ocasião do Carnaval, Fabiane Pastore, enfermeira do Seconci-SP, recomenda: “Precisamos ter consciência de que diversão e proteção devem caminhar juntas em todos os momentos, principalmente nessa época do ano, quando as pessoas acabam cometendo excessos”.
Os principais riscos são o uso abusivo de bebidas alcoólicas, drogas e relações sexuais desprotegidas. “Com relação ao álcool, além de evitar o consumo exagerado, é importante alimentar-se bem e manter uma boa hidratação. As drogas ilícitas devem ser evitadas, pois podem ocasionar problemas de saúde mental, como ansiedade e depressão. Sem contar que sob efeito de álcool e/ou drogas, a pessoa perde o nível de consciência, os reflexos ficam prejudicados e se ainda for imprudente e decidir dirigir algum veículo, as chances de provocar um acidente aumentam drasticamente, colocando em risco a própria vida e a de outras pessoas”, afirma Fabiane.
Já as Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST), como gonorreia, sífilis, clamídia, HPV, HIV e hepatites, são causadas por vírus e bactérias durante o contato sexual desprotegido, com alguém infectado. A melhor forma de evitá-las, assim como uma gravidez indesejada, é o uso de preservativo em todas as relações sexuais. A enfermeira destaca que, segundo o Ministério da Saúde, uma pessoa com IST aumenta em até 18 vezes a chance de ser infectada com o HIV/Aids, que ainda não tem cura.
“No Carnaval de 2020, o último antes da pandemia de Covid, o Ministério da Saúde distribuiu 128,5 milhões de preservativos. Porém cabe destacar que o acesso gratuito à camisinha masculina e feminina acontece ao longo de todo o ano. Basta ir a uma Unidade Básica de Saúde”, informa Fabiane.
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Outro cuidado é com a transmissão da Covid-19. Embora os números estejam significativamente menores, tanto de casos, como de mortes, a pandemia ainda não acabou. “As recomendações principais, como manter distanciamento social e usar máscara, não combinam com o Carnaval e certamente não serão seguidas. Porém é fundamental que seja mantido o esquema vacinal em dia e, sempre que possível, usar álcool gel. É perfeitamente viável curtir esses dias de folia com consciência e responsabilidade. Afinal, não devemos transformar a época mais animada do ano em tristeza”, comenta a enfermeira.