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CPR discute sistemas de ancoragem e linhas de vida

O Comitê Permanente Regional do Estado de São Paulo (CPR-SP) da Norma Regulamentadora (NR) 18 – Saúde e Segurança na Indústria da Construção realizou sua terceira reunião virtual deste ano em 13 de agosto, sobre questões relativas à segurança do trabalho em sistemas de ancoragem e linhas de vida.

O encontro foi coordenado por José Bassili, gerente de Segurança Ocupacional do Seconci-SP (Serviço Social da Construção); Antonio Pereira, auditor Fiscal do Trabalho e coordenador do Projeto da Construção da Seção de Segurança e Saúde no Trabalho da Superintendência Regional do Trabalho (SRTb/SP) no Estado de São Paulo; e Marcos Antonio de Almeida Ribeiro, vice-presidente do Sindicato dos Técnicos de Segurança do Trabalho no Estado de São Paulo (Sintesp).

Sistemas de ancoragem

O especialista Tiago Santos, em sua apresentação, https://www.seconci-sp.org.br/wp-content/uploads/2024/08/1.-Apresentacao-CPR-Desafios-na-implantacao-de-Sistemas-de-Ancoragem.pdf falou sobre a ABNT NBR 16325 e os desafios na implantação de sistemas de ancoragem, do mapeamento à inspeção. Santos explanou sobre os requisitos para uma boa gestão do trabalho em altura, que se inicia pela elaboração do PGR (Plano de Gerenciamento de Riscos) e progride para o mapeamento dos riscos e a utilização do SPIQ (Sistema de Proteção Individual Anti-Quedas).

A seguir, em relação aos sistemas de ancoragem, Santos elencou as responsabilidades de clientes, projetistas, instaladores, inspetores e fabricantes. Detalhou cada um dos componentes de um SPIQ, explicando sobre os cinco tipos de dispositivos de ancoragem. Listou os requisitos para cada um deles de acordo com a norma técnica, para ensaios, inspeções e especificações de projetos. E mostrou o que deve ser considerado no procedimento operacional.

De acordo com o especialista, constituem desafios na implantação dos sistemas de ancoragem: mapeamento das necessidades e classificação de prioridades; requisitos para projeto, instalação e inspeção; elaboração do projeto e Procedimento Operacional (requisitos no Anexo II da NR 35); acompanhamento da instalação (conforme projeto); inspeção inicial (validação final para liberação de uso); e arquivamento das informações.

Santos destacou as exigências contidas na norma técnica e na NR 18 em relação aos sistemas de ancoragem para proporcionar o máximo de confiabilidade. E lembrou a frase de A. de Saint-Exupery: “Uma meta sem um plano é somente um desejo”.

Projeto e instalação

O consultor Wilson Roberto Simon, em sua apresentação, discorreu sobre um roteiro para projeto de linhas de vida temporárias e definitivas. Ele detalhou os cuidados a serem tomados e os procedimentos no desenvolvimento dos projetos e antes da utilização dos equipamentos. Discorreu sobre as publicações para a formatação de planilhas de cálculos das linhas usualmente utilizadas na construção civil.

Roberto expôs aspectos relativos a cálculos, cargas, absorvedores de energia e talabartes. Destacou que linha testada e homologada por fabricante é o caminho mais seguro, entretanto o ponto de ancoragem deve ser calculado criteriosamente ou testado. Se a opção for construir uma linha na obra, o sistema projetado deve ser testado para se conhecer as forças envolvidas e estas serem utilizadas para o cálculo do ponto de ancoragem. Ele ainda fez diversas recomendações, como a obediência às especificações de projeto e a submissão, ao engenheiro de projetos, de qualquer modificação feita.

O especialista recomendou que o trabalhador precisa estar seguro no trajeto do piso ou laje inferior até alcançar a linha de vida, requerendo-se linhas de vida verticais e instalação de acessos. Também abordou a normatização, lembrando que uma norma, a ABNT NBR 16489, foi publicada em 2017 para dar suporte ao disposto na NR 35. Falou da importância do talabarte, análise dos riscos envolvidos, zonas de livres de quedas e cuidados a serem tomados na instalação dos pontos de ancoragem. E explicou o que deve ser considerado em cada situação na retenção de quedas.

Choque Zero


Abrindo o evento, José Bassili informou que a Campanha Choque Zero do Seconci-SP, de prevenção a choques elétricos, segue percorrendo o Estado. Ele e Gianfranco Pampalon, assessor de Saúde e Segurança do Trabalho (SST) do Seconci-SP, palestraram a respeito em 15 de agosto em Santos.

Bassili também convidou à participação no seminário híbrido que se realizará em 20 de agosto, em Sorocaba, e destacou a participação do SindusCon-SP em recente evento da Fundacentro, sobre banimento do uso de amianto.

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