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Construção lança campanha para enfrentar o calor nas obras

Overwork. Tired man in bright vest taking off his protective helmet and touches face with hand standing near pile of bricks at construction site on fine day

Diante da forte onda de calor, Seconci-SP, SindusCon-SP (Sindicato da Construção) e Sintracon-SP (Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção Civil de São Paulo) decidiram realizar uma campanha incluindo a emissão de comunicado conjunto das entidades do setor, com recomendações para a preservação da saúde dos colaboradores das empresas nos canteiros de obras.

A decisão foi tomada em 14 de novembro, em reunião do Fórum Permanente de Negociação, criado por Sintracon-SP e SindusCon-SP, e contou com a participação do Seconci-SP.

Participaram da reunião, pelo Seconci-SP, Haruo Ishikawa, membro do Conselho Deliberativo da entidade; Alexandre de Castro Costa, gerente Médico Ambulatorial; e José Bassili, gerente de Segurança Ocupacional.

Pelo SindusCon-SP, participaram Ishikawa, que também é vice-presidente de Relações Capital-Trabalho da entidade; David Fratel, coordenador do Grupo de Trabalho de RH do Comitê de Tecnologia e Qualidade (CTQ); Roberto Pastor Júnior, diretor da Área Educacional; Sergio Cincurá, membro do CTQ; Rosilene Carvalho, gerente do Jurídico, e Filemon Lima, gerente de Relações Institucionais.

Pelo Sintracon-SP, participaram Antonio Ramalho, presidente; Atevaldo Vieira Leitão, 1° secretário; Antonio Ramalho Júnior, 2º tesoureiro; José Belém, advogado; Adriana Ramalho e José Roberto, assessores.

Recomendações

É a seguinte a íntegra do Comunicado:

Ondas de calor: preserve a saúde dos colaboradores nos canteiros de obras

Diante das ondas de calor que tendem a persistir nos próximos meses, as entidades dos trabalhadores e das empresas do setor da construção e incorporação recomendam fortemente a adoção das seguintes medidas para a preservação da saúde dos profissionais nos canteiros de obras:

Fornecer protetores solares, exigência prevista nas Convenções Coletivas de Trabalho.

Fiscalizar se os empreiteiros estão fornecendo protetor solar.

Conscientizar os trabalhadores sobre o uso adequado do protetor solar.

Hidratação é fundamental! Disponibilizar, de forma regular e abundante, água potável para os colaboradores, atendendo ao disposto na Norma Regulamentadora (NR) 18: para cada 25 funcionários, deve haver um bebedouro, com água filtrada e fresca. Para utilizá-lo, o funcionário deve se deslocar menos de 100 metros na horizontal e 15 metros na vertical. Se a água for servida em recipiente, ele deve ser portátil e hermético. É proibido o uso de copo coletivo.

Conscientizar os colaboradores sobre a importância de se hidratar frequentemente.

Providenciar proteção para nuca e orelhas, para trabalhadores expostos ao sol.

Incluir recomendações sobre estes cuidados nos Diálogos Diários de Segurança (DDSs), enfatizando: bebidas alcoólicas não hidratam, ao contrário: desidratam; uso adequado de EPIs e de protetor solar.

Instalar, se possível, tendas para descanso e hidratação nas fases iniciais da obra, quando há muita exposição ao sol, na ausência de área sombreadas.

Evitar superlotação dos vestiários e refeitórios, fracionando horários, como foi feito na pandemia.

Instalar ventilação mecânica nos refeitórios. Climatizadores umidificadores não são recomendados, devido ao risco de umedecerem os uniformes e provocarem micoses. Adotar ventilação natural cruzada, se possível.

Melhorar a ventilação nos vestiários, seguindo as disposições da NR 18.

Aplicar tintas claras e reflexivas sobre as estruturas das áreas de vivência, se possível.

Ajustar os horários de trabalho, se possível, para evitar exposição ao sol nas horas mais quentes do dia, a critério da empresa, principalmente entre 12h e 13h.

Dar atenção especial aos colaboradores mais suscetíveis ao calor – como os que têm hipertireoidismo, diabetes, obesidade, ansiedade –, bem como a idosos e mulheres grávidas.

Considerar a aquisição de novos uniformes com tecidos mais leves.

Em função das fortes rajadas de vento, encunhar as estruturas com madeira até a execução definitiva da alvenaria.

Impedir o acúmulo de águas paradas nos canteiros de obra, para evitar a proliferação de mosquitos que transmitam dengue, zika e a chikungunya

Realizar avaliações e monitoramentos constantes das condições de trabalho, para identificar melhorias e ajustes que se façam necessários.


São Paulo, 17 de novembro de 2023

SindusCon-SP          Seconci-SP               Sintracon-SP

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