Número de atestados médicos do Seconci-SP cai 27% em 2017
Nas 43 mil consultas médicas não ocupacionais realizadas em 2017 na Unidade Central do Seconci-SP, foram emitidos 5.525 atestados médicos aos titulares – uma queda de 27% em relação aos atestados do ano anterior. Isso é o que revela a pesquisa anual do Iepac (Instituto de Ensino e Pesquisa Armênio Crestana) do Seconci-SP, sobre os motivos de afastamento dos trabalhadores da construção civil.
Dores nas costas, juntas e inflamações (ombro, juntas e tendão) seguem como as principais causas para a ausência ao trabalho, com 30,1%, mantendo o percentual verificado em 2016. Já as enfermidades ligadas à má digestão, gastrite, diarreia, úlceras e inflamação no intestino tiveram leve queda, com 5,2%, contra 6,5% em 2016. A mesma redução é verificada em hipertensão arterial e doenças cardiovasculares, que responderam por 5,3% dos casos em 2017, versus 5,8% do ano anterior.
Segundo a dra. Norma Araujo, superintendente do Iepac, a queda “tem relação com a diminuição no emprego na construção, mas também com os investimentos das construtoras para ampliar e melhorar as condições de trabalho, a qualidade de vida e a gestão de saúde e segurança dos trabalhadores, como mostra a diminuição dos atestados em doenças que demandam acompanhamento no longo prazo, como hipertensão arterial”.
Foram registrados 608 diagnósticos diferentes. Faringites, amigdalites, sinusites, gripes e viroses foram responsáveis por 13,3% do absenteísmo, apresentando leve alta em comparação a 2016, quando responderam por 12,8%.
Já os pacientes que realizaram exames com duração superior a três horas ou precisaram ficar em observação clínica, perdendo o dia de trabalho, corresponderam a 6,7% dos atestados emitidos. Contusões, entorses, traumatismos e ferimentos equivaleram a 9,3%, e doenças dos olhos, a 8,1%.