Saiba como combater o Aedes aegypti
Com a chegada do verão ocorre o aumento da proliferação do mosquito Aedes aegypti, transmissor de doenças como dengue, zika e chicungunha. O Seconci-SP realizou no ano passado 155 palestras para 5.057 trabalhadores da construção civil sobre a importância de eliminar possíveis focos, tanto no local de trabalho como em seus domicílios.
O alerta do Seconci-SP leva em consideração o fato de o canteiro de obra ser um local propício para o surgimento do mosquito Aedes aegypti. “Carrinhos de mão, betoneiras, lajes, tonéis e fossos de elevador são espaços que podem armazenar água parada e devem estar no radar dos trabalhadores”, explica Angela Nogueira, coordenadora do setor de Serviço Social do Seconci-SP.
“Deve-se cuidar também do entorno, evitando atirar, em terrenos baldios e outros ao lado da obra, cascas de frutas, garrafas, copos descartáveis e tampas plásticas”, completa Angela.
O gerente Médico Ambulatorial do Seconci-SP, Horácio Cardoso Salles, relata os principais sintomas de cada uma das doenças que tem como vetor o mosquito Aedes aegypti:
Dengue
Febre alta (geralmente dura de 2 a 7 dias), dores de cabeça, abdominal, no corpo, nas articulações e atrás dos olhos, fraqueza, erupção e coceira na pele. Nos casos graves, o doente também pode ter sangramentos (nariz, gengivas), vômitos persistentes, sonolência, irritabilidade, hipotensão e tontura.
Chicungunha
O principal sintoma é a dor nas articulações de pés e mãos, que é mais intensa do que nos quadros de dengue. Além disso, também são sintomas: febre repentina acima de 39 graus, dor de cabeça, dor nos músculos e manchas vermelhas na pele. Cerca de 30% dos casos não chegam a desenvolver sintomas.
Zika
Os sintomas são parecidos com a chicungunha e dengue. A pessoa infectada pode apresentar diarreia e sinais de conjuntivite. As complicações mais observadas têm sido as manifestações neurológicas como paralisia facial e fraqueza nas pernas, a exemplo do desenvolvimento da Síndrome de Guillain-Barré, doença neurológica grave caracterizada pela inflamação dos nervos e fraqueza muscular, que em alguns casos pode ser fatal. As gestantes devem redobrar os cuidados, pois os casos de microcefalia confirmados foram em mulheres que tiveram zika nos primeiros meses da gravidez.
Cuidados
A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda os repelentes à base de DEET, IR3535 e icaridina, que devem ser aplicados três vezes ao dia. “É importante não recorrer à automedicação e jamais usar antitérmicos que contenham ácido acetilsalecílico (AAS, Aspirina e Melhoral), nem anti-inflamatórios, que interferem no processo de coagulação do sangue”, finaliza Angela.