Para cada atividade no canteiro de obras, há uma proteção adequada para os olhos
Mais de 2 bilhões de pessoas no mundo vivem com algum tipo de deficiência visual, sendo que cerca de 1 bilhão desses casos poderiam ter sido prevenidos ou tratados, segundo dados da OMS (Organização Mundial da Saúde). Considerando o setor de construção civil, a cegueira decorrente de acidentes de trabalho também pode ser evitada com o uso adequado de EPIs (equipamentos de proteção individual).
De acordo com Cleyton Shimono, oftalmologista do Seconci-SP (Serviço Social da Construção), as principais causas de cegueira na construção civil estão relacionadas ao traumatismo ocular e à exposição prolongada a radiação ultravioleta. “A radiação é um fator de risco para algumas doenças que podem levar a cegueira como a catarata e as doenças da mácula (parte central da retina)”, explica.
“O trabalhador da construção civil está sujeito a fagulhas, poeira e ácidos, que podem entrar em contato com os olhos se não estiverem usando os equipamentos corretos”, diz Gianfranco Pampalon, consultor de SST (Saúde e Segurança do Trabalho) do Seconci-SP.
Pampalon ainda explica que para cada atividade no canteiro, há uma proteção adequada. “O soldador utiliza lente para radiação, por exemplo. Os óculos de proteção para manusear uma esmerilhadeira precisam ser resistentes a fragmentos que se soltam das peças. E há ainda máscara de proteção facial antichama em caso de arco elétrico”, completa.
“A prevenção ainda é a melhor opção para evitar a cegueira. Sendo assim é importante realizar consultas oftalmológicas periódicas, ao menos uma vez ao ano, para o diagnóstico precoce e impedir a progressão de doenças que podem causar cegueira”, completa Shimono.
O Abril Marrom é uma campanha para conscientizar a população sobre a prevenção da cegueira e das doenças oculares.