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CPR-SP discutiu ergonomia e hidrojateamento

Ergonomia e hidrojateamento foram os destaques da 6ª Reunião Online de 2023 do Comitê Permanente Regional do Estado de São Paulo (CPR-SP) da Norma Regulamentadora (NR) 18 – Saúde e Segurança do Trabalho na Indústria da Construção, em 10 de outubro.

Eduardo Linzmayer, engenheiro de Produção e de Segurança do Trabalho e professor no Instituto Mauá de Tecnologia, mostrou em sua palestra os princípios de economia de movimentos em atividades laborais.

Segundo Linzmayer, com esses princípios, buscam-se eficiência e produtividade com custos reduzidos, redução dos tempos para a execução das atividades, padronização de processos, eliminação de esforços e movimentos desnecessários, e diferenciação entre atividades que agregam ou não agregam valor.

Para tanto, avaliam-se postos de trabalho, operações, mobiliários e procedimentos padrões. Seguem-se medições, filmagens e um software específico, resultando em avaliação preliminar, planos de ação e avaliação final.

Linzmayer relatou que o professor norte-americano Ralph Barnes desenvolveu, na década de 1950, 22 princípios a serem adotados pelo trabalhador para a economia de movimentos, resultando em eficiência de produção e elevação da produtividade. São 9 princípios de uso do corpo humano, 8 de disposição do local de trabalho e 5 de projeto ferramentas e do equipamento.

Entre esses princípios, estão o uso das duas mãos iniciando e terminando a atividade ao mesmo tempo, a redução do esforço muscular, preferir movimentos parabólicos e buscar uma execução suave das tarefas.

Deve-se ter um local fixo para a disposição das ferramentas próximo ao ambiente de uso, facilitar sua visualização e aferir a ergonomia da bancada ou da cadeira. As mãos devem ser aliviadas de trabalho, os materiais organizados e se adotarem providências para evitar movimentos repetitivos.

Os resultados são: correta utilização do corpo humano, disposição racional do espaço de trabalho, redução de riscos, maior motivação e qualidade de vida dos trabalhadores e maior eficiência da atividade para os empregadores, concluiu Linzmayer.

Antonio Pereira, auditor Fiscal do Trabalho e coordenador do Projeto da Construção da Seção de Segurança e Saúde no Trabalho da Superintendência Regional do Trabalho (SRTb/SP) no Estado de São Paulo, alertou que “ninguém está medindo nada na elaboração do PGR (Programa de Gerenciamento de Riscos)”.

Ele reforçou a necessidade da elaboração correta do PGR, inclusive com o uso de Engenharia, e de proporcionar ao trabalhador condições para ele trabalhar sem excesso de esforço. Manifestou preocupação com minigruas e andaimes fabricados sem análise prévia dos riscos de sua utilização. Propôs que as empresas montem comitês multidisciplinares de ergonomia, com envolvimento da Cipa (Comissão Interna de Prevenção de Acidentes). E alertou que mais 400 auditores fiscais do Trabalho atuarão na SRTb/SP em 2024.

Hidrojateamento

Denis Rogerio Silva, engenheiro mecânico e coordenador técnico de Engenharia e Infraestrutura da Priner Serviços Industriais, mostrou em sua apresentação a Tecnologia de Hidrojateamento.

Segundo o engenheiro, entre outras vantagens esta técnica eleva a produtividade e diminui a exposição a riscos do trabalhador na demolição, escarificação ou limpeza de estruturas de concreto para sua recuperação. Baseada em hidrojateamento com pressão ultraelevada, ela reduz o impacto e o esforço repetitivo do trabalhador.

De acordo com Silva, a vantagem é manter a estrutura metálica limpa e íntegra, possibilitando tratamento e nova aplicação do concreto. Devido à força do jato d’água, cuidados devem ser tomados para a segurança do trabalhador e das pessoas que estiverem próximas ao hidrojateamento. Há roupas especiais para tanto, bem como travas de segurança e equipamentos automatizados e semiautomatizados.

Haruo Ishikawa, membro do Conselho Deliberativo do Seconci-SP e vice-presidente de Relações Capital-Trabalho do SindusCon-SP, comentou que o hidrojateamento tem grande potencial de utilização no retrofit, com vantagens para a produtividade e a segurança do trabalho.


José Bassili, gerente de Segurança Ocupacional do Seconci-SP, e Antonio Pereira sugeriram que seja elaborada uma norma técnica, e não uma norma regulamentadora, sobre equipamentos de hidrojateamento e sua utilização segura.

O encontro ainda contou com a participação de Sebastião Ferreira, secretário executivo do Sindicato dos Técnicos de Segurança do Trabalho no Estado de São Paulo (Sintesp).

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