O Seconci-SP teve atuação destacada na Semana Canpat (Campanha Nacional de Prevenção de Acidentes do Trabalho) Construção 2023, de 2 a 5 de outubro. Com o tema “Gestão da Segurança e Saúde na Construção: como um ambiente seguro favorece a produtividade?”, o evento foi realizado pela CBIC (Câmara Brasileira da Indústria da Construção) com o Sesi, a CNI (Confederação Nacional da Indústria) e a SIT (Secretaria de Inspeção do Trabalho) do Ministério do Trabalho.
Haruo Ishikawa, membro do Conselho Deliberativo do Seconci-SP, mediou o painel “As principais mudanças e avanços na Norma Regulamentadora (NR) – Saúde e Segurança do Trabalho na Indústria da Construção, e suas interfaces com a NR-1 – Disposições Gerais e Gerenciamento de Riscos Ocupacionais, e com a NR-5 – Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (Cipa)”.
O painel contou com as participações de: Mauro Muller, auditor fiscal do Trabalho, que destacou a importância da Cipa para garantir o cumprimento das normas e a melhoria contínua das condições laborais; Ana Cristina Fechine, especialista em política e indústria na CNI, que mostrou como a interação da NR-18 com a NR-1 e a NR-5 garante a eficácia das ações de prevenção de acidentes e doenças ocupacionais; e de Dernival Neto, especialista em desenvolvimento industrial do Sesi, que salientou a necessidade de um compromisso contínuo da alta administração da empresa para a promoção de um ambiente seguro.
Produtividade
A abertura do evento também contou com a participação de Haruo Ishikawa, junto com o presidente CBIC, Renato Correia; Ricardo Michelon, presidente da Comissão de Política de Relações Trabalhistas (CPRT) da CBIC; Paulo Mól, diretor de operações do Sesi, e Henrique Mandagará, representante da SIT. Todos enfatizaram a necessidade da saúde e segurança do trabalho para a integridade dos trabalhadores e o incremento da produtividade.
PCMSO e PGR
No segundo dia de debates da Canpat Construção, Giancarlo Brandão, superintendente ambulatorial do Seconci-SP, e José Bassili, gerente de Segurança Ocupacional da entidade, debateram com Gilmar da Cunha Trivelato, pesquisador da Fundacentro, a interface entre o Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO) e o Programa de Gerenciamento de Risco (PGR) na indústria da construção.
“O PGR hoje é a base do PCMSO, é por meio do PGR que a gente determina quais exames iremos confeccionar no PCMSO. É na base do PGR que a gente vai mapear os futuros riscos ocupacionais a que o trabalhador estará exposto”, afirmou Brandão.
Ele destacou a importância de se mapear os agentes de exposição excessiva listados pela NR 7 dentro do PGR. Isso envolve quantificação de substâncias, verificação se estão acima do limite de tolerância e ação imediata caso sejam identificados riscos significativos.
Gilmar Trivelato enfatizou que a gestão de riscos é uma responsabilidade humana e que a qualidade de um sistema de gestão de riscos depende das pessoas envolvidas. Ele recomendou que “o PGR de uma indústria da construção deve ser mais abrangente que o exigido legalmente, pois pode ter várias obras simultaneamente, diferentes formas de contratação e organização do trabalho.”
Sistemas de ancoragem
No terceiro dia do evento, debateram-se as diferenças entre sistemas de ancoragem utilizados na construção.
O engenheiro Rodrigo Fonseca enfatizou a importância de dispositivos de ancoragem confiáveis e de acordo com finalidade de uso, aplicação, cargas e material com que é confeccionado. O auditor Fiscal do Trabalho Antônio Pereira do Nascimento enfatizou a importância de se pensar na ancoragem desde a fase de projetos para evitar acidentes graves ou fatais.
Cintos de segurança
No último dia de painéis do evento, as apresentações enfocaram os cuidados a serem observados na escolha e aquisição dos cintos de segurança.
Rogério dos Santos Sousa, gerente de produto da MSA Safety, elencou os requisitos desses equipamentos, como a certificação do Inmetro e o Certificado de Aprovação, os tipos adequados a cada uso e os riscos a serem considerados na utilização
Luiz Carlos Lumbreras Rocha, auditor fiscal do trabalho, alertou sobre a degradação dos equipamentos de proteção contra quedas, como cintos e cordas, e sua relação com acidentes graves e fatais. Destacou a importância do planejamento e da organização do trabalho antes da execução, incluindo análise de riscos, permissão de trabalho, procedimentos operacionais e disponibilização das informações aos trabalhadores de forma acessível.
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