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Gestante é diagnosticada com câncer de mama e, em meio ao tratamento, dá à luz a uma menina saudável

No mês de aniversário de 1 ano do serviço de Oncologia do Hospital Geral de Itapecerica da Serra (HGIS), a vida é celebrada com a história da paciente Auxiliadora Vale do Nascimento, 43 anos.

1 Auxiliadora grávida de Maria CecíliaAo ser diagnosticada com neoplasia maligna da mama, a paciente iniciou o atendimento oncológico no HGIS trazendo consigo uma grande preocupação: estava grávida de 15 semanas. “Eu fiquei com muito medo de perder o bebê, por causa do tratamento do câncer. Eu tive muito medo de perder a minha filha”, relata Auxiliadora, emocionada ao relembrar o momento.

“A quimioterapia durante a gravidez requer cuidados e monitoramento especializado para garantir a segurança tanto da mãe quanto do bebê. Nossa equipe se concentrou em ajustar os protocolos de tratamento para minimizar os riscos para o bebê em desenvolvimento, priorizando medicamentos com menor potencial teratogênico. Além disso, monitoramos de perto a resposta ao tratamento e o bem-estar materno por meio de exames frequentes e acompanhamento cuidadoso. Embora desafiadora, essa abordagem especializada permitiu-nos avançar com segurança, buscando um equilíbrio entre o tratamento oncológico necessário e a proteção da saúde do feto durante todo o processo. Estamos todos muito felizes em participar da história desta família” pondera Dra. Lilian Arruda, coordenadora médica da Oncologia do HGIS.

Durante a terapia proposta, foi possível articular um plano de cuidado humanizado, a fim de que a paciente e a família fossem acolhidas e preparadas para os próximos passos. Dessa forma, a pausa da quimioterapia foi planejada e aliada à data provável do parto e à realização da cirurgia oncológica da mama.

No dia 3 de agosto de 2023, às 15h18, nasceu Maria Cecília, pesando 2.605 gramas.12

“Para nós, da equipe da Obstetrícia, este caso foi bastante desafiador. Desde a própria questão do diagnóstico, que exigiu uma abordagem cuidadosa, buscando proporcionar suporte emocional enquanto se traçava um plano de cuidados, até o manejo da gestação durante o tratamento quimioterápico que exacerbou sintomas como náuseas, fadiga, queda de cabelo e preocupação com eventuais repercussões ao feto em desenvolvimento. E depois de uma cesárea orquestrada para ocorrer na melhor idade gestacional, com o intervalo ideal pós quimioterapia, foi extremamente gratificante e motivo de grande alegria o nascimento de uma menina saudável” relata Marina Zamuner Correia dos Santos, médica ginecologista obstétrica.

“Nesta experiência única como mastologista, tive o privilégio de acompanhar uma paciente que, durante a gestação, recebeu o diagnóstico de câncer de mama. Desde o início, trabalhamos em colaboração com a equipe de oncologia para planejar um tratamento que fosse seguro tanto para a paciente quanto para o feto. A monitorização rigorosa do tratamento e seus efeitos foi fundamental para assegurar que a paciente estivesse respondendo positivamente à terapia, ao mesmo tempo em que o bem-estar do bebê fosse preservado”, analisa dr. Daniel Carbonieri, cirurgião mastologista.

16 Preparação para cirurgia de mamaAssim que as condições de Auxiliadora se estabilizaram após o parto, foi avançada a cirurgia da mama. O objetivo era realizar uma ressecção oncológica conservadora de menor porte, com foco na preservação do máximo possível do tecido mamário saudável e dos linfonodos sentinelas. A cirurgia foi realizada com precisão, garantindo a remoção adequada do tumor enquanto preservava a integridade da mama.

O caso dessa paciente é um exemplo de como a Mastologia e a Oncologia se unem para fornecer tratamentos personalizados, visando não apenas à cura do câncer, mas também à qualidade de vida da paciente após a cirurgia.

Auxiliadora relembra o tratamento no HGIS “foi nota mil, fui muito bem tratada por toda equipe, só tenho a agradecer todos. Fui muito bem acolhida”.

“A Oncologia do HGIS trouxe um resignificado para a essa paciente e a garantia de uma assistência segura, humanizada e acima de tudo fundamentada em ciência e seriedade”, finaliza Eduardo Leandro Rodrigues, supervisor de Enfermagem da Oncologia.

 

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