A Unidade Central do Seconci-SP, a SAS Seconci-SP/OSS e o Hospital da Mulher (que tem a parte de saúde administrada por esta entidade) iniciaram o processo para a obtenção da certificação da ONA (Organização Nacional de Acreditação), que atesta a qualidade dos serviços de saúde, com foco na segurança do paciente.
Como parte deste processo, os gestores dessas unidades assistiram em 13 de junho a uma palestra de Mara Machado, CEO do Instituto Qualisa de Gestão (IQG).
Abrindo o evento, Maristela Honda, presidente do Seconci-SP, frisou que “a qualidade é parte dos nossos valores e expressão do nosso compromisso em atender a população com respeito, humanização, dignidade e segurança”. Ela lembrou que hospitais e ambulatórios públicos administrados pelo Seconci-SP já conquistaram a acreditação da ONA, no Nível de Excelência.
“A metodologia desta certificação acaba nos impulsionando a buscar o máximo de qualidade em todos os nossos procedimentos”, comentou Maristela. Destacou que um dos méritos do processo da qualidade é fazer as pessoas repensarem suas atitudes, e reafirmou que o propósito da entidade não é bater recordes em procedimentos, mas salvar vidas.
O evento foi organizado pela equipe de Ticiane Lisandra de Lima Gonçalves, coordenadora Corporativa de Qualidade e Segurança do Paciente do Seconci-SP, com mediação de Fátima Cardoso, gerente de Comunicação.
Cultura da qualidade
Em sua apresentação, Mara Machado chamou a atenção para a necessidade de implementação de uma verdadeira cultura da qualidade na organização, em que a qualidade seja vista não como um departamento, mas como responsabilidade de todos os seus profissionais, possibilitando a conquista da Acreditação da ONA – que ela qualificou não como um fim em si, mas como parte de um processo de melhoria contínua, com o propósito de gerar valor para o cliente.
Neste processo, prosseguiu, o sistema de gestão da qualidade evoluiu e hoje incorpora o cuidado centrado nas pessoas dos pacientes, com novos recursos como os proporcionados pela telessaúde e por inteligência artificial.
De acordo com Mara, a maior armadilha para os gestores da qualidade é imaginar que poderão controlar os colaboradores com o uso das ferramentas, quando o desafio vai além: criar um ambiente que propicie trabalho em equipe e comunicação fluida entre os diversos setores da organização, entre outros aspectos. “Não tentem mudar a mentalidade do colaborador; mudem o contexto do trabalho, dêem autonomia”, disse aos gestores.
Ela detalhou os vários passos da construção da gestão da qualidade, tendo a auditoria as funções de verificar se os controles estão funcionando e discutir melhorias. “A implementação de padrões é uma jornada de amadurecimento, com o foco de se entender se as intervenções se adequam ao contexto, motivando o trabalho em equipe.”
Segundo a CEO, Organizações Sociais de Saúde como o Seconci-SP, que têm dezenas de unidades de vários tipos e em diferentes contextos, devem criar um núcleo de gestão integrada, com times da qualidade em cada unidade.
Ao final, Mara mostrou como ocorre o processo de certificação da ONA e desafiou os gestores a repensarem que a acreditação: não consiste em só avaliar padrões, mas em aferir se a organização segue os princípios da gestão da qualidade; não certifica apenas o cumprimento dos padrões, mas certifica a consolidação da cultura da qualidade; não entende só que a gestão da qualidade é um padrão, mas que se trata de um modelo de gestão; e que a implantação da segurança e gestão da qualidade não é feita apenas através de padrões de acreditação, mas que ela segue os princípios da qualidade.
Veja a apresentação: https://www.seconci-sp.org.br/wp-content/uploads/2023/06/2023-Multiplicador-ONA.pdf