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Uso de preservativo e diagnóstico precoce são armas no combate ao HIV

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O Dia Mundial de Luta contra a Aids (1º de dezembro) dá início à Campanha do Dezembro Vermelho e visa conscientizar a população sobre essa doença. Segundo o Ministério da Saúde, a cada 15 minutos uma pessoa é infectada com o vírus HIV (Vírus da Imunodeficiência Humana), causador da Aids. A dra. Dagmar Maia Kistemann, médica clínica do Seconci-SP, alerta sobre a importância do uso de preservativo em todas as relações sexuais e do diagnóstico precoce para o combate e tratamento do HIV e das outras ISTs (Infecções Sexualmente Transmissíveis).

A terminologia IST passou a ser adotada pelo Ministério da Saúde, em novembro de 2016, em substituição à DST (Doenças Sexualmente Transmissíveis), porque destaca a possibilidade de uma pessoa ter e transmitir uma infecção, mesmo sem sinais e sintomas.

“As ISTs são frequentes e causam impacto na qualidade de vida das pessoas, nas relações pessoais, familiares e sociais. O diagnóstico e tratamento das pessoas com ISTs e seus parceiros sexuais interrompe a cadeia de transmissão, prevenindo outras infecções e possíveis complicações”, afirma a médica.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima a ocorrência de mais de 1 milhão de casos de IST por dia no planeta. Ao ano, aproximadamente 357 milhões de novas infecções por HPV (Papiloma Vírus Humano), clamídia, gonorreia, sífilis e tricomoníase são diagnosticadas mundialmente.

“Elas aparecem, principalmente, nas regiões genitais em forma de corrimentos, feridas e verrugas, mas podem manifestar-se em outras áreas do corpo, como mãos, olhos, língua ou não ter qualquer sinal ou sintoma. Por isso é importante realizar testagem para ISTs após relação sexual desprotegida, ou seja, sem o uso de camisinha masculina ou feminina”, orienta dra. Dagmar.

Tratamento e prevenção 

Sintomas como corrimento estão relacionados com infecções por gonorreia, clamídia e tricomoníase. As feridas estão associadas à sífilis, herpes genital, cancro mole e linfogranuloma venéreo. E as verrugas anais e genitais ao HPV. “Existem as ISTs virais com sinais e sintomas específicos como o HIV e as Hepatites B e C”.

As ISTs como gonorreia, clamídia, tricomoníase, cancro mole, linfogranuloma venéreo e sífilis têm tratamento eficaz com cura. Já a Hepatite B e o HPV podem ser prevenidos através de vacinação altamente efetiva. O Sistema Único de Saúde (SUS) oferece a imunização contra o HPV para meninas e meninos de 9 a 14 anos.

“Muitas pessoas com IST não buscam tratamento, porque são assintomáticas ou procuram farmácias ou outros métodos não qualificados e não efetivos. Assim não tem seguimento e não há busca da parceria sexual, o que implica em complicações das infecções adquiridas e perpetuação da cadeia de transmissão”, alerta dra. Dagmar.

A médica acrescenta que “as complicações destas doenças tratadas inadequadamente ou não tratadas podem levar a situações de gravidade irreversíveis como infertilidade, câncer e morte”.

A melhor prevenção é a combinação de várias ações, começando pelo uso do preservativo masculino ou feminino, que também previne a gravidez indesejada e pode ser obtido gratuitamente em qualquer unidade de saúde.

“É importante também tratar os parceiros sexuais e testar regularmente para HIV e outras ISTs. Em caso de gravidez, prevenir a transmissão vertical, da mãe para o bebê durante a gestação, parto ou amamentação. Incentivar a vacinação contra a Hepatite B e HPV e, para as pessoas que vivem com HIV, o tratamento oferecido pelo SUS, desde que seguido corretamente, torna praticamente nula a sua transmissão e traz qualidade de vida”, destaca dra. Dagmar.

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