Verão requer cuidados redobrados
Com 180 mil novos casos por ano, o câncer de pele representa 33% de todos os diagnósticos desta doença no Brasil, segundo o Instituto Nacional do Câncer. O dr. Giancarlo Rodrigues Brandão, supervisor de Medicina Ocupacional do Seconci-SP, alerta que “a exposição excessiva e sem proteção aos raios ultravioleta oriundos do sol é a principal causadora do câncer de pele”.
Segundo o médico, os tipos mais comuns da doença são o carcinoma basocelular, que pode ser curado em caso de detecção precoce; e o carcinoma espinocelular. Já o tipo melanoma, que incide com menor frequência, é o mais grave devido à alta possibilidade de provocar metástases.
Os principais sintomas do câncer de pele são o surgimento de manchas que descamam ou sangram, sinais ou pintas que mudam de tamanho, forma ou cor, e o aparecimento de feridas que não cicatrizam. “O tratamento varia para cada tipo, por isso o ideal é consultar um dermatologista assim que perceber qualquer sinal estranho”, recomenda o dr. Brandão.
As convenções coletivas de trabalho da indústria da construção já exigem das empresas o fornecimento de protetor solar aos funcionários expostos ao sol. Contudo, é preciso que as pessoas tenham consciência da importância da reaplicação do produto a cada duas horas para uma proteção eficiente.
O médico destaca que o câncer de pele surge geralmente nas áreas do corpo mais expostas à radiação solar, mas também pode afetar partes pouco expostas ao sol, como as palmas das mãos. “Por este motivo, principalmente para os trabalhadores que trabalham ao ar livre, é recomendável também o uso de óculos, capacete e roupas que protejam o corpo”, recomenda.