Medicação correta e cuidados previnem as crises de asma
Há cerca de 235 milhões de pessoas no mundo sofrendo com asma, segundo dados da Organização Mundial de Saúde. Daí a importância de se conhecer esta patologia crônica, considerada como sendo a mais comum na infância.
A dra. Marice Ashidani, pneumologista do Seconci-SP, esclarece que a asma tem natureza inflamatória, especialmente, nos períodos de crise. Segundo ela, os sintomas podem ser desencadeados por alguns agentes agressores, como mudanças climáticas, questões hereditárias, pelos de animais de estimação, produtos de limpeza com cheiro forte e poeira domiciliar de móveis, carpetes e cortinas.
As crises, que apresentam intensidade e duração variável, costumam surgir caracterizadas por respiração ofegante, tosse, chiado no peito e falta de ar. “Perceber quando as medicações não oferecem a melhora habitual e reconhecer um agravamento das crises são alertas para a pessoa ser levada imediatamente ao pronto-socorro”, destaca a pneumologista.
Portanto, prevenir-se faz toda a diferença. “Alguns anti-inflamatórios, doenças digestivas, poluição e fumaça de cigarro, tanto de quem fuma, como inalada por quem está próximo, agravam o mal. Fatores psicológicos, como ansiedade, nervosismo e estresse também entram na lista”, diz.
Apesar de a asma ser incurável, existem recursos para mantê-la estável, com crises mais moderadas e menos frequentes. Em alguns casos, os sintomas podem desaparecer com o tempo.
O tratamento é composto por medicamentos para alívio dos sintomas e prevenção das crises. As pessoas que necessitam de medicação preventiva devem usá-la continuamente, mesmo nos casos assintomáticos.
Além disso, são importantes os cuidados com a higiene ambiental, poeira, mofo, pelos de animais, fumaça, infecções respiratórias, ar frio e não se esquecer de tomar a vacina de gripe.
A aderência ao tratamento, mesmo se houver períodos de crise, possibilita vida normal ao paciente. “O dispositivo inalatório, conhecido como bombinha, tornou-se muito usado para o tratamento, por ser seguro e eficaz. Vale ressaltar que a automedicação deve ser evitada, utilizando-se apenas medicamentos com prescrição médica”, recomenda a dra. Marice.
O diagnóstico clínico e o exame de raio-x costumam ser suficientes para identificar a asma, e o corpo clínico do Seconci-SP orienta sobre a melhor forma de tratar a enfermidade.
