Conhecida antigamente por lepra, a hanseníase tem cura. Esta informação é muito relevante, segundo a dermatologista do Seconci-SP, Marli Izabel Penteado Manini. “Quando diagnosticada e tratada logo no início, a enfermidade pode ser curada e o paciente ter uma vida normal, mas quando identificada tardiamente, pode provocar sequelas irreversíveis”, explica.
Doença infecciosa causada pela bactéria Mycobacterium leprae, ou bacilo de Hansen, a hanseníase provoca lesões nos nervos periféricos, responsáveis por fazer as ligações entre o sistema nervoso central e o restante do corpo.
A transmissão ocorre por meio do contato prolongado com um paciente infectado e que não esteja em tratamento. Por isso é muito importante que as pessoas fiquem atentas e procurem atendimento médico assim que perceberem os primeiros sinais.
Os sintomas podem variar, mas os principais são o surgimento de manchas avermelhadas pelo corpo, perda de sensibilidade em regiões da pele e, em alguns casos, queda de pelos. As incapacidades são mais frequentes nas mãos, pés e olhos. O tratamento é com medicamentos por via oral e dura de seis meses a um ano.
Segundo a dermatologista, a doença pode ficar incubada no corpo sem manifestar sintomas por até cinco anos. Por este motivo, quando a pessoa tem conhecimento de que alguém do seu ambiente familiar ou profissional teve a doença, é muito importante procurar o atendimento médico.