A boca seca ou xerostomia pode ser definida pela quantidade insuficiente de saliva para manter a cavidade bucal úmida ou hidratada. De acordo com a dentista Cynthia Regina Figueiredo, “o mal prejudica a mastigação, deglutição e digestão dos alimentos, e a proteção dos dentes e gengivas contra cáries e mau hálito. Seus principais indícios são: secura da boca e garganta, lábios trincados, sensação de queimação, cáries, halitose e dificuldade para mastigar, deglutir e sentir o sabor dos alimentos”, explica.
A diminuição do fluxo salivar está relacionada a diversas causas, como menopausa, diabetes, bebidas alcoólicas, tabagismo e medicamentos. A xerostomia pode derivar de doenças autoimunes e tratamentos, como radioterapia e quimioterapia, que afetam glândulas salivares, lacrimais e outros órgãos.
A cura consiste no tratamento dessas causas. “Quando a motivação for o uso de medicamentos, o médico poderá ajustar a dose ou realizar a substituição adequada, se possível. É recomendável o uso de gomas de mascar sem açúcar, para estimular o fluxo salivar. Existe também a saliva artificial usada para manter a boca hidratada e umedecida”.
Evitar a ingestão de café, chá, refrigerantes, bebidas alcoólicas e tabaco, bem como beber água ao longo do dia, contribuem para minimizar a boca seca. “Vale ressaltar, que sem os efeitos de limpeza da saliva, a cárie e outros problemas de saúde bucal podem se desenvolver com mais facilidade. Portanto, o cuidado com a higiene dos dentes e gengivas é primordial”, conclui.